Histórias e vivências do jornalista, ambientalista, professor, ator e vereador eleito Eduardo Romero.
terça-feira, fevereiro 22, 2011
FOTOGRAFIA, TEATRO, LIVROS, MÚSICA, POESIA, E PINTURA AO VIVO AGITAM O SARAU DOS AMIGOS
Imagine um fundo de quintal com um pé de manga e uma varanda, no meio disso muitas pessoas e manifestações culturais, atrações que vão desde música, livros, exposição de fotografias, artesanatos e de artes plástica, passando por entre as pessoas cenas de teatro, declamações de poesias, danças e todas as linguagens artísticas possíveis, é o Sarau dos Amigos, um encontro mensal que acontece nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, das 19hs ás 23hs.
No palco do Sarau se apresentam a Banda Guavira Elétrica, o sertanejo universitário de Leandro Ávila, a dupla Rodrigo Nantys e Gabriel, o pop rock de Brukka e seus Amigos, o cantor Cleber Aguero e o conhecido Zé Geral.
O artista plástico Tom Barbosa faz exposição de telas e pintará ao vivo durante o evento. As fotografias de Elis Regina estão à disposição do público. Uma instalação inusitada conta a histórica da discografia Sulmatogrossense, antigos bolachões irão compor a paisagem do local e os idealizadores do projeto irão mostrar o trabalho de recuperação digital que estão fazendo com a Memória Fonográfica do MS.
O Núcleo Teatral Sarau dos Amigos apresenta a esquete teatral, “cotidiano”, satirizando os acontecimentos comuns do dia-a-dia, com os atores: Eduardo Romero, Kelly Zerial e Thathy d. Meo que também assina a direção do núcleo. Durante o Sarau ocorre intervenção cultural com o ator Yago Garcia. Em apoio a AACC será lançado e divulgado no evento o livro “ PLANETA DOS CARECAS”, autoria de Ariadne Cantú e também será lançado o livro: “SE A VIDA TE DER UM LIMÃO...”, de Maria Clara Machado.
Serviço: O Sarau dos Amigos acontece nesta quinta-feira, 24 de Fevereiro, na casa do ator e jornalista Eduardo Romero. Rua Elvira Matos de Oliveira, 927, Universitário, região sul de Campo Grande. A entrada é um quilo de alimento, que são destinados aos Vicentinos da Paróquia Santa Rita de Cássia. Informações pelos telefones (67) 9619-6703, 9152-4447.
terça-feira, fevereiro 08, 2011
" Poema do amigo aprendiz " - Fernando Pessoa
" Poema do amigo aprendiz "
"Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."
Fernando Pessoa
"Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..."
Fernando Pessoa
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
Conservação Inevitável - O ambiente por inteiro
"Acabo de ler Dom Pedro II, de José Murilo de Carvalho. A História Brasileira me interessa por que de tanto repetir-se, é sempre atual.
A abolição da escravatura esteve constantemente em pauta a partir do meio do século 19, mas os donos de terras conseguiram evitá-la por diversos meios.
- Sem escravos não existe agricultura no Brasil !
- O imperador quer a abolição só para mostrar-se na Europa !
- Quem vai ressarcir os proprietários de escravos ?
Alguns anos depois percebemos que mais que assegurar um direito humano (como se fosse pouco) a escravatura era um empecilho para a construção de um país de fato. Os donos de terras até gostavam de dispor de mão de obra muito barata, mas isto ia contra o verdadeiro progresso do país.
Faz 20 anos que ouço o lobby ruralista dizendo
- O Código Florestal vai acabar com a agricultura do país !
- Isto é pressão de ONGs estrangeiras !
- Quem vai nos ressarcir pela área perdida ??
Melhorar nosso ambiente é tarefa para todos e todos têm dado sua contribuição. A indústria sofre pesada regulação ambiental tanto do governo como de seus consumidores. Cidadãos têm sua carga de impostos aumentada, em parte para melhorar a conservação. Assim como no caso da escravatura, há proprietários de terras com mais visão que já estão no século 21, mas muitos ainda perdem tempo em Brasília tentando tapar o sol com a peneira.
Talvez conseguirão, considerando sua esperteza de tentar aprovar a urgência da votação da alteração do código florestal enquanto a bancada ambientalista estava em Cancun (não avisei que o encontro era uma fria ???). Um golpe de mestre que quase regrediu o país umas cinco décadas.
O lobby ruralista simplesmente teme o efeito desinfetante da luz do sol que o debate acadêmico e a participação populares vão trazer.
Agora, um dia depois desta coluna ter ido para os jornais, vemos que até nisto eles são muito espertos. De fato, a pressão popular não só conseguiria, como de fato conseguiu adiar a votação. Este adiamento é importante para que sejam incorporadas as opiniões públicas, acadêmicas e do Ministério do Meio Ambiente.
Acadêmicos têm trazido idéias interessantes, como a que não falta terras para agricultura e pecuária (já que há muita terra subutilizada). O país gasta muito para manter as universidades públicas. Não seria recomendável ouvir o que seus melhores professores têm a dizer ? Veja três destes trabalhos em meu blog http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/
Até agora, bastou fazer agricultura como mineração; explora e parte para outra. Agora que não temos mais fronteira agrícola, é melhor começar a pensar em uma agricultura mais sustentável, e o Código Florestal contribui para isto.
Prestem atenção, que esta gente lá em Brasília está quase trazendo a escravatura de volta para nosso país".
___________________________________________________________________________________________________________
Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva
http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/
A abolição da escravatura esteve constantemente em pauta a partir do meio do século 19, mas os donos de terras conseguiram evitá-la por diversos meios.
- Sem escravos não existe agricultura no Brasil !
- O imperador quer a abolição só para mostrar-se na Europa !
- Quem vai ressarcir os proprietários de escravos ?
Alguns anos depois percebemos que mais que assegurar um direito humano (como se fosse pouco) a escravatura era um empecilho para a construção de um país de fato. Os donos de terras até gostavam de dispor de mão de obra muito barata, mas isto ia contra o verdadeiro progresso do país.
Faz 20 anos que ouço o lobby ruralista dizendo
- O Código Florestal vai acabar com a agricultura do país !
- Isto é pressão de ONGs estrangeiras !
- Quem vai nos ressarcir pela área perdida ??
Melhorar nosso ambiente é tarefa para todos e todos têm dado sua contribuição. A indústria sofre pesada regulação ambiental tanto do governo como de seus consumidores. Cidadãos têm sua carga de impostos aumentada, em parte para melhorar a conservação. Assim como no caso da escravatura, há proprietários de terras com mais visão que já estão no século 21, mas muitos ainda perdem tempo em Brasília tentando tapar o sol com a peneira.
Talvez conseguirão, considerando sua esperteza de tentar aprovar a urgência da votação da alteração do código florestal enquanto a bancada ambientalista estava em Cancun (não avisei que o encontro era uma fria ???). Um golpe de mestre que quase regrediu o país umas cinco décadas.
O lobby ruralista simplesmente teme o efeito desinfetante da luz do sol que o debate acadêmico e a participação populares vão trazer.
Agora, um dia depois desta coluna ter ido para os jornais, vemos que até nisto eles são muito espertos. De fato, a pressão popular não só conseguiria, como de fato conseguiu adiar a votação. Este adiamento é importante para que sejam incorporadas as opiniões públicas, acadêmicas e do Ministério do Meio Ambiente.
Acadêmicos têm trazido idéias interessantes, como a que não falta terras para agricultura e pecuária (já que há muita terra subutilizada). O país gasta muito para manter as universidades públicas. Não seria recomendável ouvir o que seus melhores professores têm a dizer ? Veja três destes trabalhos em meu blog http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/
Até agora, bastou fazer agricultura como mineração; explora e parte para outra. Agora que não temos mais fronteira agrícola, é melhor começar a pensar em uma agricultura mais sustentável, e o Código Florestal contribui para isto.
Prestem atenção, que esta gente lá em Brasília está quase trazendo a escravatura de volta para nosso país".
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Efraim Rodrigues, Ph.D. (efraim@efraim.com.br) é Doutor pela Universidade de Harvard, Professor Associado de Recursos Naturais da Universidade Estadual de Londrina, consultor do programa FODEPAL da FAO-ONU, autor dos livros Biologia da Conservação e Histórias Impublicáveis sobre trabalhos acadêmicos e seus autores. Também ajuda escolas do Vale do Paraíba-SP, Brasília-DF, Curitiba e Londrina-PR a transformar lixo de cozinha em adubo orgânico e a coletar água da chuva
http://ambienteporinteiro-efraim.blogspot.com/
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