segunda-feira, junho 27, 2011

SARAU DOS AMIGOS EM RITMOS JUNINOS E ALEGRIAS TEATRAIS.

Nesta quinta-feira, 30 de Junho, das 19hs ás 23hs, acontece a edição de número 42 do Sarau dos Amigos, com vasta diversidade de ritmos e linguagens. O destaque é a Quadrilha de Improviso comandada pelo grupo teatral Caras de Pau, tendo desde o casamento caipira até a tradicional dança, envolvendo o público do Sarau na manifestação.

No palco a MPB da dupla Kelly Zerial e Lílian Maira, o samba e pagode do grupo Sedusamba, o sertanejo de Neo Machado e as músicas juninas com Apres Gomes. O Espaço Ventre do Oriente apresenta danças tribais indianas. Além do tradicional reserva para palinhas que é marca do encontro.

O público confere a exposição: Artes Juninas, com obras de artistas como Jorapimo - o Banho de São João, Sebastião Silva - a dança do Siriri, e Isac Saraiva - São João, e uma mandala indiana da artista Marisol Mendes, além das cerâmicas e colares de Mauro Yanaze. Em comemoração aos 15 anos do grupo teatral Caras de Pau haverá exposição fotográfica e de figurinos do Grupo.

O ator Wagner Jean apresenta a stand-up comedy: As coisas não estão bem claras. E o professor pesquisador Eduardo Brito apresenta o resultado de sua pesquisa na região do Córrego Bálsamo, com o título: Atlas digital de Bacia Hidrográfica e educação ambiental problematizadora: por uma geografia escolar de diálogos e pronúncias. Aqueles que não puderem estar presentes podem acompanhar o Sarau através da rede social twitter no endereço: @eduardoromero.

Serviço: O Sarau dos Amigos acontece nesta quinta-feira, 30 de Junho, na casa do ator e jornalista Eduardo Romero. Rua Elvira Matos de Oliveira, 927, Universitário, região sul de Campo Grande. A entrada é um quilo de alimento, que são destinados aos Vicentinos da Paróquia Santa Rita de Cássia. Informações pelos telefones (67) 9619-6703, 9152-4447.

PRODUÇÃO: Eduardo Romero - 9619-6703 / Cleber Dias - 9936-3909 / Thathy D’Meo – 9237-5807

sábado, junho 11, 2011

Por que EU devo ir na marcha da Liberdade



Somos homens e mulheres, temos todas as idades, temos pais, filhos, amigos, escolhas. Somos diferentes nas bandeiras, mas sonhamos igual. Temos ingenuidade e queremos garantir que sejamos vistos, respeitados. Juntos, defendemos idéias diferentes, mas temos uma força maior que nos une: defendemos as liberdades individuais, a liberdade de expressão, de culto, de manifestação. Defendemos o direito à informação, cultura, educação, meio ambiente, saúde, cidadania.

Entendemos que o Estado de Mato Grosso do Sul vem atravessando transformações importantes que precisam ser discutidos, pensadas e refletidas por todos nós, que vivemos esse estado.

A escolha da Praça Ary Coelho não é aleatória. Espaço de efervescência, a praça reflete muito de nossa cidade: nos passos rápidos, nos jogos da melhor idade, no comércio, no tereré, na resistência. Estamos juntos hoje, pois queremos o direito de discutir democraticamente a Revitalização do Centro de Campo Grande. Queremos discutir como utilizar os espaços públicos abertos e fechados, ampliando a perspectiva para além do centro da cidade.

Queremos discutir o Pantanal assim como todo o desmatamento do cerrado e das florestas. Somos seres humanos, poetas e artesãos do dia-a-dia, e não aceitamos a secundarização da questão indígena em Mato Grosso do Sul. E estamos aqui defendendo a responsabilidade no tratamento desses assuntos. Assim como o apoio ao movimento LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgeneros e Transexuais), que fazem parte dessa sociedade diversa e que pode se igualar em direitos comuns.

Defendemos que a Cultura seja compreendida como política pública de Estado, garantindo seu fomento e incentivo independente de cor partidária.Temos direito de ajudar a construir essa cidade, esse Estado, esse País. Para isso, precisamos de garantia de acesso às informações. Por um Estado laico, transparente.

Em Paz queremos levantar a bandeira de nossa casa, nossa rua, nosso bairro, nossa cidade, nosso Estado e nosso País.

Eis a Marcha da Liberdade. Um ato apartidário, de paz, amor e afeto. Vamos nos mostrar, sair pelas ruas de nossa cidade para amolecer os corações. Traga seu instrumento, sua faixa, traga seu amor pela liberdade. Traga sua bandeira de interesse e junte-a às outras, lado a lado na diversidade pelo bem comum.

Para todos aqueles que condenam a brutalidade física, psicológica, moral e social. Todos e todas que não suportam mais violência repressiva. Que patrocina a corrupção, desumanidade e falta de ética.Que reprime trabalhadores. Contra a ditadura da infelicidade e do caos. Basta!

Para todas as pessoas que ainda acreditam na liberdade de expressão efetiva e justa. Para todos os movimentos sociais, pela ética na política, por uma democracia realmente participativa, por justiça igualitária a qualquer cidadão, por terra, por casa, por trabalho e salário digno, por transparência nas instituições públicas, por menos impostos e tributos, pela liberdade de imprensa, pelos estudantes, pelos professores, pelas mães, e por uma vida melhor. Contra o racismo, contra a intolerância religiosa. Para todas associações de bairros, entidades, movimentos, pontos de cultura, anarcos, oprimidos em geral. Ligas, correntes, coletivos, artistas, migrantes, bombeiros, grafiteiros, travestis, ambientalistas, professores, ambulantes, negros, camponenses, paraguaios, peões, bolivianos, estudantes, desempregados, executivos, jornalistas, médicos, operários, feministas, vítimas de enchentes, maltrapilhos.

Cidadãos.

Em casa somos um. Juntos somos todos!


'Marcha da Liberdade MS' em Campo Grande - 18/06 (sábado) a partir das 9h da manhã concentração na Praça Ary Coelho.

Apresentações culturais ao final da marcha.

Manifestação online pode ser feita com a hashtag: #MarchaDaLiberdadeMS

quarta-feira, junho 01, 2011

DOCE PESAR...

Osho, em "A Essência do Amor: Como Amar com Consciência e Se Relacionar Sem Medo"

A solidão traz em si algo de tristeza, algo de pesar, e mesmo assim uma profunda paz e silêncio. Tudo depende de como você olha para ela.

Se você se separou do ser amado, olhe para isso como uma grande oportunidade de estar sozinho. Então a visão muda. Olhe para isso como uma oportunidade para ter o seu próprio espaço.

Está ficando cada vez mais difícil termos o nosso próprio espaço, e a menos que o tenhamos, nunca nos familiarizaremos com o nosso próprio ser, nunca chegaremos a conhecer a nós mesmos.

Estamos sempre ocupados, envolvidos em milhares de coisas — relacionamentos, compromissos do dia-a-dia, preocupações, projetos, o futuro, o passado —, vivemos continuamente na superfície.

Quando a pessoa está sozinha, ela pode começar a se aquietar, a assentar. Pelo fato de não estar ocupada ela não estará se sentindo da maneira como sempre se sentiu. Será diferente, e essa diferença pode parecer muito estranha.

E certamente, quando a pessoa está separada, ela perde os seus amores, os seus entes queridos, os seus amigos, mas isso não será para sempre. É só uma pequena disciplina.

E, se você ama profundamente e mergulha fundo em si mesmo, estará ainda mais preparado para amar profundamente, pois só a pessoa que se conhece consegue amar profundamente.

Se você vive na superfície, o seu relacionamento não pode ser profundo. Afinal de contas, é o seu relacionamento. Se você tem profundidade, então o seu relacionamento terá profundidade.

Por isso, considere essa oportunidade uma bênção e aproveite-a. Delicie-se com ela. Se você lamentar muito, toda a oportunidade estará perdida.

E ela não é contra o amor, lembre-se. Não se sinta culpado. Na verdade, ela é a própria fonte do amor. O amor não é o que acostumamos pensar. Não é isso. Não é uma mistura de sentimentalismo, emoções e sentimentos. É algo muito profundo, muito fundamental.

Trata-se de um estado de espírito, e esse estado de espírito só é possível quando você penetra no seu próprio ser, quando você começa a se amar. Essa é a meditação quando a pessoa está sozinha: ame-se a si mesmo tão profundamente que, pela primeira vez, você se torna o seu próprio objeto de amor.

Portanto, nesses dias em que estiver sozinho, seja narcisista; ame a si mesmo, delicie-se consigo mesmo! Delicie-se com o seu corpo, com a sua mente, com a sua alma. E aproveite o espaço que está vazio à sua volta e preencha-o com amor. Não existe nenhum amante ali, preencha-o com amor!

Espalhe o seu amor pelo espaço, e ele começará a ficar luminoso, reluzente. E então, pela primeira vez, você saberá, quando o seu amante se aproximar de você, que agora esse amor tem uma qualidade totalmente diferente. Na realidade, você tem algo para dar, compartilhar. Agora você pode compartilhar o seu espaço, porque você tem o seu espaço.

As pessoas comuns acham que elas estão compartilhando, mas elas não têm nada para compartilhar — nenhuma poesia no coração, nenhum amor. Na verdade, quando elas dizem que querem compartilhar, não querem dar nada, porque elas não têm nada para dar.

Elas estão em busca de alguém que lhes dê algo, e o outro está no mesmo barco. Ele está procurando tirar algo de você, e você está tentando tirar algo dele. Ambos estão, de certo modo, tentando roubar algo do outro.

Por isso o conflito entre os amantes, a tensão; a tensão contínua para dominar, para possuir, para explorar, para fazer do outro um meio para atingir o prazer; para de algum modo usar o outro para a sua própria gratificação.

É claro que escondemos tudo isso atrás de lindas palavras. Dizemos: "Queremos compartilhar", mas como você pode compartilhar algo que não tem?

Portanto, aproveite o seu espaço, a sua solidão. Não o preencha com lembranças do passado nem com fantasias acerca do futuro. Deixe-o como está — puro, simples, silencioso. Delicie-se com ele; brinque, cante, dance. É uma grande alegria estar sozinho!

E não se sinta culpado. Isso também é um problema, porque os casais sempre se sentem culpados. Se estão sozinhos e se sentem felizes, eles se sentem culpados. Pensam: "Como uma pessoa pode ficar feliz longe do ser amado?" — como se você estivesse enganando a outra pessoa.

Mas, se você não consegue se sentir feliz quando está sozinho, como vai conseguir se sentir quando estiverem juntos? Portanto isso não é uma questão de enganar ninguém.

À noite, quando ninguém está olhando, a roseira está preparando a rosa. Lá nas entranhas da terra, as raízes estão preparando a rosa. Ninguém está olhando. Se a roseira pensar: "Só mostrarei as minhas rosas quando houver alguém por perto", ela não terá nada para mostrar. Não terá nada para compartilhar, porque qualquer coisa que você possa compartilhar primeiro tem que ser criada, e toda a criatividade surge das profundezas da solidão.

Portanto, deixe essa solidão ser um útero, e aproveite-a, delicie-se com ela; não sinta que está fazendo alguma coisa errada. Trata-se de uma questão de atitude e maneira de ver. Não dê a interpretação errada. A solidão não precisa ser algo para se lamentar. Ela pode ser cheia de paz e felicidade, depende de você.