Sorrisso aberto, olhares atentos e curiosos... perguntas e posicionamentos dos mais variados. São jovens estudantes; alguns de escola pública outros da Universidade. Aos poucos vão se abrindo, falando de seus sonhos, desafios de vida e problemas mais comuns. Impressiona como uma boa energia toma conta do ar. Há uma interação entre os olhares, os sentimentos. Em Brasilia pude realizar um verdadeiro intercâmbio entre alunos da periferia na cidade satélite de Ceilândia, de classe média no Guará e estudantes de artes da UNB (Universidade de Brasília). Foi muito bom. Me fez bem ver o brilho no olhar e me contagiar com estes.
sou de Brasilia sim senhor...
o Girobrasil esteve aqui em bom momento (senti isso) a galera externou com afinco suas posições em relação a auto-estima. Nesse tema há algo que quem mora em Brasilia faz questão de dizer: "Sou de Brasília sim". Mas isso quer dizer mais que ser morador dessa região. É uma expresão carregada com um sentimento de: sou daqui e aqui não se resume a políticos e corrupção. Aqui tem gente e gente de verdade.
Entre os jovens isso é latente, desperta o gigante que há dentro de cada um e parece que em breve isso pode gerar novos comportamentos (essa insatisfação de como a capital do país é vista fora daqui os deixa indignados, e isso uma hora se transforma).
eu faço parte...
Seja de onde for (capital ou cidade satélite) a vontade é gritar a mesma coisa: "eu faço parte". Parte de uma turma que quer dar outro rumo a vida. São ligados a projetos voluntários, cada qual a seu modo dá a parcela de contribuição, seja atuando em movimentos religiosos, estudantis ou comunitários. Ao total tive contato com mais de 400 jovens. Houve empatia com as ações do Girobrasil. Manifestações de apoio, e espero ter deixado aqui uma possibilidade de reflexão.
Que essa energia tome conta de todo o Brasil, que nós jovens possamos enxergar mudanças e descruzar o braço em busca destas. Que cada um de nós possa ter orgulho de dizer: EU FAÇO PARTE, PARTE DO BRASIL.