quarta-feira, abril 17, 2013

Eduardo Romero destaca que solução para transporte público envolve mobilidade urbana em geral






O vereador Eduardo Romero (PT do B) participou da audiência pública sobre o transporte coletivo, realizada na tarde de terça-feira, 19, na Câmara de Municipal. Ele destacou que acompanha debates sobre os ônibus desde 1997, quando participou de campanhas educativas por meio de peças teatrais em escolas, associações de moradores, ônibus e terminais. Atualmente, no mandato, utiliza o transporte público uma vez por semana, visando acompanhar a qualidade desse serviço e incentivar práticas sustentáveis na Capital. A equipe também utiliza a carona amiga e a bicicleta, além do uso do carro individual.

“Tenho visto que o problema do transporte coletivo é crônico, tanto no Brasil como em várias partes do mundo. O problema não é o ônibus em si, a solução envolve a mobilidade urbana em geral, incluindo bicicleta, metrô, trem, carro. O desafio é integrar os sistemas modais individuais e coletivos. Campo Grande precisa, por intermédio da PLANURB, priorizar a discussão do Plano Diretor de mobilidade urbana”, relata Eduardo Romero, que é presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente na Câmara Municipal.

A utilização dos ônibus e das bicicletas também é um problema cultural. “Muitas pessoas não vêem o uso do transporte coletivo como um meio de ter mais agilidade e menos poluição na cidade, a exemplo do que já ocorre em outros países. Andar de carro causa uma impressão de sucesso, andar de ônibus parece ser sinônimo de pouco poder aquisitivo”, pondera.

O valor da passagem também pode ser questionado, em algumas cidades a prefeitura subsidia e amortiza o preço ao usuário. Outra reflexão sugerida pelo vereador são os horários diferenciados, evitando horários de estrangulamento de trabalhadores e estudantes, por exemplo. “Pensar numa diferenciação de 15 minutos a mais ou menos em alguns setores pode contribuir nos horários de pico”, sugere.

Sobre o passe estudantil, Eduardo Romero considera uma conquista importante. Sugere a flexibilização do uso do cartão estudantil, compreendendo que o rigor da concessionária é importante para evitar fraudes.

Para agilizar o uso do transporte coletivo, Eduardo Romero acredita que é preciso investir em sinalização e informação. As placas nos pontos  e nos próprios veículos podem ser mais eficientes. Campo Grande pode seguir exemplos de outras capitais onde o usuário utiliza serviços de informações, seja nos terminais, via telefone ou internet, evitando a espera e experimentando o uso de linhas alternativas.

 “Sobre o uso do Cartão PegFácil, a redução nos roubos e assaltos é um ponto positivo as empresas e usuários, mas precisamos garantir o direito de ir e vir do cidadão. Se houvesse uma tarifa diferenciada para quem carregasse seu cartão, talvez minimizaríamos as reclamações sobre a falta de pontos para recarregar”, propõe o vereador.

Há um projeto em estudo na Casa de Leis, com autoria de Eduardo Romero, que prevê a instalação de bicicletários nos terminais de transbordo, uma maneira de desafogar o trânsito e agilizar o trajeto ao trabalho. Outro projeto obriga os órgãos públicos a terem bicicletários e duchas, favorecendo a higiene dos ciclistas no ambiente de trabalho.

“Qual é o planejamento que nós queremos para o transporte coletivo e a mobilidade urbana de Campo Grande?”, destaca.  Eduardo Romero enfatiza que Campo Grande já põe em prática o tráfego de alguns veículos, em vias específicas, durante horários limitados, como a proibição de caminhões, carretas, transportes de carga, tratores.  A capital já possui mais de 85 km de ciclovias, além de amplas avenidas construídas nos parques lineares.  


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